Aristóteles e o Novo Mundo: a controvérsia sobre a conquista da América (1510-1573)
Gespeichert in:
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| Format: | Buch |
| Sprache: | Portuguese |
| Veröffentlicht: |
Rio de Janeiro
Lumen Juris
2021
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| Schriftenreihe: | Lumen Juris Direito
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| adam_text | Sumário Introdução.................................................................................................................. 1 A conquista da América...................................................................................... 1 A afirmação histórica dos direitos humanos................................................... 4 Aristotelismo político e escravidão natural..................................................... 6 O percurso do livro............................................................................................. 7 I Parte ֊ Contexto Histórico-Conceituai da Controvérsia sobre a Conquista da América 1. A Controvérsia..................................................................................................... 13 1.1. Os tempos e os lugares................................................................................ 13 Conquista e Reconquista............................................................................13 A descoberta e conquista das ilhas do Caribe (1492-1510)................... 18 A homilia de Montesinos e as Leyes de Burgos (1511/16)...................... 19 A expansão da conquista e a intervenção dos teólogos de Salamanca (1513/1540)....................................... 20 As Leyes Nuevas (1542/46)......................................................................... 22 A controversia de Valladolid (1550/1551)................................................ 23 Da conquista à pacificación: as Ordenanzas de Felipe II (1556/1573) .24 1.2. As Características e os
temas................................................................... 26 1.3. Os Protagonistas da Controversia........................................................... 33 Juan Ginés de Sepúlveda: o “intelectual orgánico” dos conquistadores.... 33
Francisco de Vitoria e Domingo de Soto: a “doutrina indiana” da Escuela de Salamanca.................................................. 38 A “doutrina indiana” de Salamanca.................................................. 42 Bartolomé de Las Casas: o Procurador dos indios..............................44 Las Casas: um pensador desconhecido............................................... 49 Os estudos no Brasil sobre Las Casas e o debate da conquista........... 51 As principais teses políticas de Las Casas........................................... 34 Las Casas primeiro filósofo da libertação latino-americana..............57 Processo à conquista............................................................................ 61 2. Interpretações da Controvérsia................................................................. 63 2.1. O Corpus Hispanorum de Pace. Uma abordagem apologética......... 63 2.2. Quentin Skinner. Uma leitura contrarreformista.............................. 71 2.3. Anthony Pagden. Um olhar etnológico.............................................. 77 2.4. Tzvetan Todorov. Uma leitura relativista e perspectivista da alteridade................................................... 84 2.5. Giuliano Gliozzi. Uma leitura marxista: as ideologias coloniais...... 89 2.6. Michel Villey e a “deformação” da filosofia do direito pelos escolásticos espanhóis................................... 98 2.7. Brian Tierney. As origens da ideia dos direitos naturais................... 102 2.8. Enrique Dussel. Las Casas: “o máximo de consciência crítica
possível”........................... 109 2.9. Nestor Capdevila e Luca Baccelli. Bartolomé de Las Casas, legitimidade da evangelização versus ilegitimidade da Conquista............................................................ 114 Conclusões como premissas................................................................... 120
II Parte - Sunt Veri Domìni? As Questões Antropológicas 3. Aristóteles e os índios.A recepção da teoria aristotèlica da escravidão natural................................................................ 125 3.1. A (re)descoberta da Política de Aristóteles....................................... 125 3.2. A Doutrina da Escravidão Natural....................................................131 3.3. Da polis à Cosmopolis: o estoicismo.................................................. 139 3.4 O cristianismo: Servidão e Pecado ................................................... 141 3.5. Idade Média: Servi e barbari............................................................. 143 3.6. A “descoberta” da América: índios e bárbaros.................................. 147 3.7. A herança aristotèlica........................................................................ 150 4. Sepúlveda e os Escravos por Natureza..................................................... 155 4.1. E escravidão natural como motivo de guerra justa contra os índios............................................. 156 4.2. Os índios possuem um domínio político?........................................ 162 4.3. Escravos ou servos?........................................................................... 165 4.4. Inferioridade permanente ou transitória?........................................ 168 4.5. Uma ideologia belicista..................................................................... 170 4.6. Um aristotelismo “fundamentalista”................................................173 5. Domingo de Soto. Direito Natural
e Questão Indígena: Dominium et Jus, Patęstas et Jurisdicția....................................................... 177 5.1. Dominium et jus: a propriedade no direito civil................................ 178 5.2. A escravidão: se é justo que um homem possa ser senhor de um outro homem...................................181
5.3. Dominium et jurisdicția: o domínio no direito público..................... 183 5.4. As raízes teológicas dos direitos humanos........................................... 186 6. Francisco de Vitoria. A Antropologia da Relectio De Indis...................... 191 6.1. Primeiro argumento: Ό pecado mortal não impede a propriedade civil, nem o domínio propriamente dito”......... 195 6.2. Segundo argumento: “A infidelidade não é impedimento ao exercício do domínio”.................................. 196 6.3. Terceiro argumento: “Também os loucos e os amentes podem ser sujeitos de direitos”............................. 197 6.4. Quarto argumento: a escravidão natural............................................. 2θ1 7. Bartolomé de las Casas e os Verdadeiros Bárbaros.................................... 205 7.1 Primeiro tipo de bárbaro: todo homem cruel e desumano................ 209 7.2. Segundo tipo de bárbaros: aqueles que não conhecem a escrita...... 210 7.3. O terceiro tipo: os bárbaros propriamente ditos................................. 212 7.4. O quarto tipo de bárbaros: todos aqueles que não conhecem Cristo... 217 III Parte - A Filosofia Política: Patęstas, Imperium, Libertas 8. Francisco de Vitoria: Relectio De Indis......................................................... 223 8.1. Os sete títulos não legítimos...................................................................224 Primeiro título. O Imperador não é dono do mundo (dominus totius orbis)....................................... 224 Segundo título. O Papa não possui o poder temporal sobre todo o
mundo.................................. 229 Terceiro título. Não existe um direito de descoberta (jus inventionis)...... 232
Quarto título. A evangelização................................................................ 233 O sexto título. Os bárbaros não se submeteram voluntariamente ....241 O sétimo título. Não cabe o apelo a urna especial concessão divina. 241 8.2. Os Seis Títulos Legítimos (mais um).................................................... 242 Primeiro título: a sociedade e a comunicação natural entre os povos.... 242 Segundo título: predicar e anunciar o evangelho................................. 251 Quinto título: Salvar os inocentes........................................................... 253 Um último título: porque se parecem como os amentes..................... 254 9. Bartolomé de las Casas: De Regia Potestate.................................................. 263 9.1 Contra a perpetuidade da encomienda................................................... 265 9.2. A liberdade originária............................................................................. 268 9.3. Dominium e iurisdictio............................. 270 9.4. O consenso do povo: translația imperii................................................. 271 9.5. O poder da lei e não dos homens........................................................... 274 9.6. O cidadão, a cidade e o Reino: а analogia organicista........................ 276 9.7. A proibição de alienar os bens públicos................................................ 277 9.8. A doutrina da restituição........................................................................ 279 9.9. Questões
polêmicas................................................................................. 280 Valor jurídico do tratado ........................................................................ 280 O caráter tirânico dos regimes pré-colombianos................................. 282 Contradição entre os princípios democráticos e as bulas pontifícias............................................................ 284 Las Casas precursor da modernidade?................................................. 285
IV Parte - O Direito da Guerra e da Paz 10. Sepúlveda. Os Pecados contra a lei natural como motivo de guerra justa... 289 10.1. Sepúlveda: os pecados contra a lei natural justificam uma guerra “justa e santa”......................................... 292 10.2. Vitoria: os pecados contra a lei natural não são motivos de guerra justa.................................................. 294 10.3. Réplica de Sepúlveda a Vitoria.............................................................. 296 10.4. Bartolomé de Las Casas: a justificação dos pecados contra a lei natural.................................................. 299 11.0 Direito Internacional: Guerra e Paz........................................................ 309 11.1. Totus orbis e Respublica Christiana..................................................... 309 11.2. Carl Schmitt e Sepúlveda....................................................................... 313 11.3 Luigi Ferrajoli e Vitoria........................................................................... 321 11.4 Las Casas: ajusta guerra dos índios....................................................... 328 11.5. Guerra e direito no debate sobre aConquista...................................... 331 Conclusões............................................................................................................. 335 Anexo 1 - Cronologia da Controvérsia sobre a Conquista da América...... 349 Notas de rodapé............................................................................................... 377 Referências
Bibliográficas................................................................................... 425
Izvori i literatura Svećenički arhiv Banjolučke biskupije Osobni arhiv autora „Kamo je odveden glamočki župnik?“, u: Glas koncila, Uskrs 1992, str. 3 „Glamočki župnik zatočen u Kninu“, u: Glas Koncila, br. 17, 1992, str. 1 „Župnik Matijevič u kninskoj bolnici“, u: Glas Koncila, br. 18, 1992, str. 5 „Križni put glamočkog župnika“, (intervju), u: Glas koncila, br. 21, 1992, od 24. 5. 1992., str. 8; isto u: Vrijeme rata, Svjedočanstvo о ratnim zbivanjima u Bosni i Hercegovini 1992.-1994. godine, KTA, Zagreb, 1995., str. 9-13 Franjo KOMARICA, „Homilija biskupa Komarice na sprovodnoj misi za svećenika Zvonimira Matijeviča“, u: Službeni glasnik Ba njolučke biskupije, br. 2, 2018, str. 127-129 Zvonimir MATIJEVIČ, Svjedočenje pred papom Franjom u Saraje vu 6. lipnja 2015., u: Službeni glasnik Banjolučke biskupije, br. 2, 2018., str. 139-140; Isti, Osvrt svećenika Zvonimira Matijeviča na susret s papom Fra njom, u: KTA, 24. lipnja 2015. A. O., „In memoriam: Kata Matijevič (1912.-2001.)“, u: Vrhbosna, br. 1, 2001., str. 71 Anto ORLOVAC, Naši pokojnici: „Zvonimir Matijevič, svečenik ko jemu je papa poljubio ruku“, u: Glas Koncila, br. 36, 2018, տէր. 24-25 http://ivanmerz.hr/banja-luka-blagoslovljen-novi-kip-bl-ivana-merza/ 168
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Sumário Introdução. 1 A conquista da América. 1 A afirmação histórica dos direitos humanos. 4 Aristotelismo político e escravidão natural. 6 O percurso do livro. 7 I Parte ֊ Contexto Histórico-Conceituai da Controvérsia sobre a Conquista da América 1. A Controvérsia. 13 1.1. Os tempos e os lugares. 13 Conquista e Reconquista.13 A descoberta e conquista das ilhas do Caribe (1492-1510). 18 A homilia de Montesinos e as Leyes de Burgos (1511/16). 19 A expansão da conquista e a intervenção dos teólogos de Salamanca (1513/1540). 20 As Leyes Nuevas (1542/46). 22 A controversia de Valladolid (1550/1551). 23 Da conquista à pacificación: as Ordenanzas de Felipe II (1556/1573) .24 1.2. As Características e os
temas. 26 1.3. Os Protagonistas da Controversia. 33 Juan Ginés de Sepúlveda: o “intelectual orgánico” dos conquistadores. 33
Francisco de Vitoria e Domingo de Soto: a “doutrina indiana” da Escuela de Salamanca. 38 A “doutrina indiana” de Salamanca. 42 Bartolomé de Las Casas: o Procurador dos indios.44 Las Casas: um pensador desconhecido. 49 Os estudos no Brasil sobre Las Casas e o debate da conquista. 51 As principais teses políticas de Las Casas. 34 Las Casas primeiro filósofo da libertação latino-americana.57 Processo à conquista. 61 2. Interpretações da Controvérsia. 63 2.1. O Corpus Hispanorum de Pace. Uma abordagem apologética. 63 2.2. Quentin Skinner. Uma leitura contrarreformista. 71 2.3. Anthony Pagden. Um olhar etnológico. 77 2.4. Tzvetan Todorov. Uma leitura relativista e perspectivista da alteridade. 84 2.5. Giuliano Gliozzi. Uma leitura marxista: as ideologias coloniais. 89 2.6. Michel Villey e a “deformação” da filosofia do direito pelos escolásticos espanhóis. 98 2.7. Brian Tierney. As origens da ideia dos direitos naturais. 102 2.8. Enrique Dussel. Las Casas: “o máximo de consciência crítica
possível”. 109 2.9. Nestor Capdevila e Luca Baccelli. Bartolomé de Las Casas, legitimidade da evangelização versus ilegitimidade da Conquista. 114 Conclusões como premissas. 120
II Parte - Sunt Veri Domìni? As Questões Antropológicas 3. Aristóteles e os índios.A recepção da teoria aristotèlica da escravidão natural. 125 3.1. A (re)descoberta da Política de Aristóteles. 125 3.2. A Doutrina da Escravidão Natural.131 3.3. Da polis à Cosmopolis: o estoicismo. 139 3.4 O cristianismo: Servidão e Pecado . 141 3.5. Idade Média: Servi e barbari. 143 3.6. A “descoberta” da América: índios e bárbaros. 147 3.7. A herança aristotèlica. 150 4. Sepúlveda e os Escravos por Natureza. 155 4.1. E escravidão natural como motivo de guerra justa contra os índios. 156 4.2. Os índios possuem um domínio político?. 162 4.3. Escravos ou servos?. 165 4.4. Inferioridade permanente ou transitória?. 168 4.5. Uma ideologia belicista. 170 4.6. Um aristotelismo “fundamentalista”.173 5. Domingo de Soto. Direito Natural
e Questão Indígena: Dominium et Jus, Patęstas et Jurisdicția. 177 5.1. Dominium et jus: a propriedade no direito civil. 178 5.2. A escravidão: se é justo que um homem possa ser senhor de um outro homem.181
5.3. Dominium et jurisdicția: o domínio no direito público. 183 5.4. As raízes teológicas dos direitos humanos. 186 6. Francisco de Vitoria. A Antropologia da Relectio De Indis. 191 6.1. Primeiro argumento: Ό pecado mortal não impede a propriedade civil, nem o domínio propriamente dito”. 195 6.2. Segundo argumento: “A infidelidade não é impedimento ao exercício do domínio”. 196 6.3. Terceiro argumento: “Também os loucos e os amentes podem ser sujeitos de direitos”. 197 6.4. Quarto argumento: a escravidão natural. 2θ1 7. Bartolomé de las Casas e os Verdadeiros Bárbaros. 205 7.1 Primeiro tipo de bárbaro: todo homem cruel e desumano. 209 7.2. Segundo tipo de bárbaros: aqueles que não conhecem a escrita. 210 7.3. O terceiro tipo: os bárbaros propriamente ditos. 212 7.4. O quarto tipo de bárbaros: todos aqueles que não conhecem Cristo. 217 III Parte - A Filosofia Política: Patęstas, Imperium, Libertas 8. Francisco de Vitoria: Relectio De Indis. 223 8.1. Os sete títulos não legítimos.224 Primeiro título. O Imperador não é dono do mundo (dominus totius orbis). 224 Segundo título. O Papa não possui o poder temporal sobre todo o
mundo. 229 Terceiro título. Não existe um direito de descoberta (jus inventionis). 232
Quarto título. A evangelização. 233 O sexto título. Os bárbaros não se submeteram voluntariamente .241 O sétimo título. Não cabe o apelo a urna especial concessão divina. 241 8.2. Os Seis Títulos Legítimos (mais um). 242 Primeiro título: a sociedade e a comunicação natural entre os povos. 242 Segundo título: predicar e anunciar o evangelho. 251 Quinto título: Salvar os inocentes. 253 Um último título: porque se parecem como os amentes. 254 9. Bartolomé de las Casas: De Regia Potestate. 263 9.1 Contra a perpetuidade da encomienda. 265 9.2. A liberdade originária. 268 9.3. Dominium e iurisdictio. 270 9.4. O consenso do povo: translația imperii. 271 9.5. O poder da lei e não dos homens. 274 9.6. O cidadão, a cidade e o Reino: а analogia organicista. 276 9.7. A proibição de alienar os bens públicos. 277 9.8. A doutrina da restituição. 279 9.9. Questões
polêmicas. 280 Valor jurídico do tratado . 280 O caráter tirânico dos regimes pré-colombianos. 282 Contradição entre os princípios democráticos e as bulas pontifícias. 284 Las Casas precursor da modernidade?. 285
IV Parte - O Direito da Guerra e da Paz 10. Sepúlveda. Os Pecados contra a lei natural como motivo de guerra justa. 289 10.1. Sepúlveda: os pecados contra a lei natural justificam uma guerra “justa e santa”. 292 10.2. Vitoria: os pecados contra a lei natural não são motivos de guerra justa. 294 10.3. Réplica de Sepúlveda a Vitoria. 296 10.4. Bartolomé de Las Casas: a justificação dos pecados contra a lei natural. 299 11.0 Direito Internacional: Guerra e Paz. 309 11.1. Totus orbis e Respublica Christiana. 309 11.2. Carl Schmitt e Sepúlveda. 313 11.3 Luigi Ferrajoli e Vitoria. 321 11.4 Las Casas: ajusta guerra dos índios. 328 11.5. Guerra e direito no debate sobre aConquista. 331 Conclusões. 335 Anexo 1 - Cronologia da Controvérsia sobre a Conquista da América. 349 Notas de rodapé. 377 Referências
Bibliográficas. 425
Izvori i literatura Svećenički arhiv Banjolučke biskupije Osobni arhiv autora „Kamo je odveden glamočki župnik?“, u: Glas koncila, Uskrs 1992, str. 3 „Glamočki župnik zatočen u Kninu“, u: Glas Koncila, br. 17, 1992, str. 1 „Župnik Matijevič u kninskoj bolnici“, u: Glas Koncila, br. 18, 1992, str. 5 „Križni put glamočkog župnika“, (intervju), u: Glas koncila, br. 21, 1992, od 24. 5. 1992., str. 8; isto u: Vrijeme rata, Svjedočanstvo о ratnim zbivanjima u Bosni i Hercegovini 1992.-1994. godine, KTA, Zagreb, 1995., str. 9-13 Franjo KOMARICA, „Homilija biskupa Komarice na sprovodnoj misi za svećenika Zvonimira Matijeviča“, u: Službeni glasnik Ba njolučke biskupije, br. 2, 2018, str. 127-129 Zvonimir MATIJEVIČ, Svjedočenje pred papom Franjom u Saraje vu 6. lipnja 2015., u: Službeni glasnik Banjolučke biskupije, br. 2, 2018., str. 139-140; Isti, Osvrt svećenika Zvonimira Matijeviča na susret s papom Fra njom, u: KTA, 24. lipnja 2015. A. O., „In memoriam: Kata Matijevič (1912.-2001.)“, u: Vrhbosna, br. 1, 2001., str. 71 Anto ORLOVAC, Naši pokojnici: „Zvonimir Matijevič, svečenik ko jemu je papa poljubio ruku“, u: Glas Koncila, br. 36, 2018, տէր. 24-25 http://ivanmerz.hr/banja-luka-blagoslovljen-novi-kip-bl-ivana-merza/ 168 |
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Inhaltsverzeichnis