Crónica de uma deserção: retrato de um país
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| 1. Verfasser: | |
|---|---|
| Format: | Buch |
| Sprache: | Portuguese |
| Veröffentlicht: |
Lisboa
Âncora Editora
março de 2021
|
| Ausgabe: | 1.a edição |
| Schlagworte: | |
| Online-Zugang: | Inhaltsverzeichnis |
| Beschreibung: | Memoirs |
| Beschreibung: | 264 Seiten Illustrationen |
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261
INDICE
AGRADECIMENTOS
9
PREFACIO
11
INTRODUCAO
15
I:
A
INFANCIA
NA
ALDEIA
DE
FANHAIS
19
SOU
DE
FANHAIS,
NASCIDO
EM
1943
19
UMA
PRIMEIRA
PASSAGEM
POR
MAFRA
23
ESCOLA
PRIMARIA
EM
FANHAIS
24
NO
TEMPO
EM
QUE
OS
PINHAIS
NAO
ARDIAM
27
A
VIDA
NUMA
ALDEIA
ISOLADA
DO
CONCELHO
DA
NAZARE
31
A
LIGA
DOS
AMIGOS
DE
FANHAIS
33
A
CATEQUESE
CATOLICA
35
OS
CANDEEIROS
A
PETROLEO
DA
ILUMINACAO
PUBLICA
DA
ALDEIA
36
A
DESPEDIDA
DOS
MORTOS
EM
FANHAIS
37
O
CASAL
DA
BOUBA
DE
BAIXO,
TERRA
DOS
MEUS
AVOS
PATERNOS
39
II:
OS
ANOS
DO
LICEU
43
NO
LICEU
MUNICIPAL
DA
FIGUEIRA
DA
FOZ,
1954-59
43
A
MUDANCA
DA
FIGUEIRA
DA
FOZ
PARA
LEIRIA
49
NO
LICEU
NACIONAL
DE
LEIRIA,
1959-61
51
O
CHOQUE
IDEOLOGICO
E
POLITICO
COM
O
MEU
TIO
MILITAR
53
OS
PRIMEIROS
CONTACTOS
COM
A
LITERATURA
E
O
TEATRO
54
O
FIM
DO
CURSO
LICEAL.
QUE
FUTURO?
56
262
III:
A
ACADEMIA
MILITAR
59
O
INGRESSO
NA
ACADEMIA
MILITAR,
OUTUBRO
DE
1961
59
O
INICIO
DA GUERRA
COLONIAL
EM
AFRICA,
MARCO
DE
1961
66
A
DESCOBERTA
DA
CIDADE
DE
LISBOA
68
O
ANNUS
HORRIBILIS
DE
SALAZAR,
1961
71
A
VIDA
CULTURAL
E
POLITICA
NA
ACADEMIA
MILITAR.
A
MUDANCA
NAS
74
MENTALIDADES
IV:
INSTITUTO
SUPERIOR
TECNICO
83
NO
INSTITUTO
SUPERIOR
TECNICO
A
PARTIR
DE
OUTUBRO
DE
1965
83
AS
CHEIAS
CATASTROFICAS
DE
1967
85
A
PASTELARIA
COPACABANA
E
OS
GRANDES
DEBATES
DE
1967,
68
E
69
85
A
ACTIVIDADE
POLITICA
E
CULTURAL
NA
CIDADE
DE
LISBOA
87
UMA
VIAGEM
DE
FINALISTAS
HISTORICA
EM
1968.
AS
MANIFESTACOES
89
DO
MAIO
DE
68
EM
PARIS
NO
REGRESSO
DA
VIAGEM
DE
FINALISTAS,
A
SAIDA
DA
ACADEMIA
92
MILITAR
O
ANO
CHARNEIRA
DE
1968.
A
INTERRUPCAO
DO
CURSO
DE
ENGENHARIA
95
NO
TECNICO
O
EMBARQUE
DO
MEU
IRMAO
PARA
A
GUERRA EM
MOCAMBIQUE,
EM
102
1969
V:
A
VIDA
MILITAR
COMO
OFICIAL-MILICIANO
105
NO
QUARTEL
DE
MAFRA,
ANO
DE
1969
105
A
MORTE
TRAGICA
DO
MEU
PAI
105
A
AVERSAO
A
VIDA
MILITAR
E
A
RECUSA
DA
GUERRA
COLONIAL
107
*
ABANDALHAR
O
SISTEMA
*
ERA
UM
CAMINHO
POSSIVEL!?
108
O
PERIPLO
POR
OUTROS
QUARTEIS
MILITARES:
RI
7
EM
LEIRIA,
RI
5
NAS
111
CAIDAS
DA
RAINHA
O
QUE
FAZER
PERANTE
A
INEVITAVEL
MOBILIZACAO
PARA
A
GUERRA?
113
UM
*
JORNAL
DE
PAREDE
*
NAS
CAIDAS
DA
RAINHA
E
O
RESPECTIVO
114
PROCESSO
DISCIPLINAR
VI:
OS
PREPARATIVOS
PARA
A
DESERCAO
119
OS
PRIMEIROS
CONTACTOS
PARA
A
DESERCAO.
UMA
IDA
A
MERCEANA
121
MUITO
MAL
PREPARADA
REUNIOES
EM
CASA
DO
POETA
ARY
DOS
SANTOS.
UM
ENCONTRO
QUASE
122
FALHADO
EM
MIRANDELA
A
DIVISAO
DO
GRUPO
INICIAL.
O
GRUPO
DA
SUECIA
E
O
GRUPO
DA
125
BELGICA
263
UMA
CARTA
QUE
DESCREVE
A
NOSSA
DESERCAO
COM
AS
PALAVRAS
DE
128
HA
QUASE
50
ANOS
EM
EVORA:
COMPANHIA
DE
CACADORES
2791/RI16/CTI
GUINE
129
COMO
LUTAR
CONTRA
A
GUERRA
COLONIAL?
132
VII:
SERRA
DO
GERES,
23
DE
AGOSTO
DE
1970
135
A
LONGA,
DIFICIL
E
PERIGOSA
TRAVESSIA
DE
ESPANHA.
UM
SUSTO
143
ENORME
NA
FRONTEIRA
DE
HENDAIA
FINALMENTE
ESTAVAMOS
EM
FRANCA!
148
VIII:
DUAS
SEMANAS
DECISIVAS
EM
PARIS
151
QUAL
O
CAMINHO
A
SEGUIR?
FRANCA,
BELGICA,
HOLANDA,
SUECIA?
156
O
ENCONTRO
CASUAL
EM
PARIS
QUE
NOS
LEVA
A
SUECIA
159
A
PROPAGANDA
DA
NOSSA
DESERCAO
FEITA
ATRAVES
DE
CARTAS
E
POSTAIS
160
ILUSTRADOS
UM
ENCONTRO
DE
ACASO
EM
AMESTERDAO
163
A
OPOSICAO
PORTUGUESA
IGNOROU
A
DESERCAO
DE
10
OFICIAIS
DO
164
EXERCITO
IX:
EXILIO
NA
SUECIA
171
UMA
IMPORTANTE
CONFERENCIA
DE
IMPRENSA
EM
ESTOCOLMO,
16
DE
171
SETEMBRO
DE
1970
O
IMPACTO
NA
CIDADE
DE
UPPSALA
E
NA
SUECIA
174
HONRAS
DE
PRIMEIRA
PAGINA
NO
JORNAL
DAGENS
NYHETER
DE
ESTOCOLMO
DECLARACOES
DE
APOIO
AOS
MOVIMENTOS
DE
LIBERTACAO
EM
AFRICA
177
A
IMPORTANCIA
DE
UMA
ENTREVISTA
A
BBC.
UM
TELEGRAMA
DE
AMILCAR
CABRAL
UM
*
REENCONTRO
*
COM
O
JORNALISTA
DA
BBC
LUIS
AMORIM
DE
SOUSA
179
A
SOLIDARIEDADE
E
O
APOIO
DE
GRUPOS
SUECOS
ANTICOLONIALISTAS
180
UM
OUTONO
MARAVILHOSO
EM
UPPSALA!
UMA
VIDA
NOVA
NUM
PAIS
183
ESTRANHO
UMA
INESPERADA VISITA
DE
PALMA
INACIO
A
UPPSALA
186
A
FALTA
DE
CORRESPONDENCIA
ERA
BASTANTE
SENTIDA
POR
TODOS
OS
188
EXILADOS
O
CONTROLO
E
CONFISCO
DA
CORRESPONDENCIA
PELA
PIDE
191
EPISODIOS
QUE
AGORA
RECORDAMOS
GRACAS
A
CORRESPONDENCIA
CON-
193
FISCADA
PELA
PIDE
AS
LIGACOES
COM
A
FAMILIA
E
COM
OS
AMIGOS
195
A
ADAPTACAO
A
UMA
NOVA
REALIDADE
200
264
A
INTERDICAO
DE
SAIDA
DE
PORTUGAL
DA
CONCEICAO
NO
VERAO
DE
1971
201
X:
EXILIO
NA
SUECIA,
LUND
E
MALMO
207
DIFICULDADES
ENCONTRADAS
NA
LUNDS
TEKNISKA
HOGSKOLA
210
A
CRIACAO
DOS
COMITES
DE
DESERTORES.
A
ASSOCIACAO
DE
213
PORTUGUESES
EM
MALMO
AS
PRECIOSAS
CARTAS
DA
CONCEICAO
GUARDADAS
PELA
AMIGA
ANA
216
PAULA
AS
DIFICULDADES
EM
OBTER
PASSAPORTE
217
AS
RARAS
VISITAS
DE
AMIGOS
E
FAMILIARES
220
A
NOSSA
CASA
COMO
*
PORTO
DE
ABRIGO
*
PARA
DESERTORES,
REFRACTARIOS
225
E
EXILADOS
POLITICOS
O
NASCIMENTO
DA
NOSSA
FILHA
228
UM
ANO
DE
1973
COM
GRANDE
ACTIVIDADE
POLITICA
231
O
ASSASSINATO
DE
AMILCAR
CABRAL
233
UMA
SITUACAO
DE
IMPASSE
QUE
O
25
DE ABRIL
VEIO
RESOLVER
236
AS
NOSSAS
REACCOES
AO
25
DE
ABRIL
239
O
REGRESSO
A
PORTUGAL
NO
FIM
DE
MAIO
DE
1974
241
EPILOGO
-
O
REGRESSO
A
PORTUGAL
245
O
REGRESSO
A
VIDA
MILITAR
APOS
O
25
DE
ABRIL
246
A
DIFICIL
RETOMA
DO
CURSO
DE
ENGENHARIA
EM
PORTUGAL
248
A
INTENSA
ACTIVIDADE
POLITICA
NO
VERAO
QUENTE
DE
1975
250
A
MINHA
PASSAGEM
PELA
RTP
E
O
25
DE
NOVEMBRO
DE
1975
252
AO
SERVICO
DO
CONSELHO
DA
REVOLUCAO
254
DEZ
ANOS
MAIS
TARDE
TERMINAVA
O
MEU
CURSO
DE
ENGENHARIA
NO
IST!
257
PROFISSAO
INESPERADA:
ENGENHEIRO
NUCLEAR!
258
261 ÍNDICE AGRADECIMENTOS PREFÁCIO 9 11 INTRODUÇÃO I: A INFÂNCIA NA ALDEIA DE FANHAIS 15 19 Sou de Fanhais, nascido em 1943 19 Uma primeira passagem por Mafra 23 Escola primária em Fanhais 24 No tempo em que os pinhais não ardiam 27 A vida numa aldeia isolada do concelho da Nazaré A Liga dos Amigos de Fanhais 31 33 A catequese católica 35 Os candeeiros a petróleo da iluminação pública da aldeia 36 A despedida dos mortos em Fanhais 37 O casal da Boubã de Baixo, terra dos meus avós paternos 39 II: OS ANOS DO LICEU No Liceu Municipal da Figueira da Foz, 1954-59 A mudança da Figueira da Foz para Leiria No Liceu Nacional de Leiria, 1959-61 43 43 49 " 51 O choque ideológico e político com o meu tio militar 53 Os primeiros contactos com a literatura e o teatro 54 O fim do curso liceal. Que futuro? 56
262 III: A ACADEMIA MILITAR 59 O ingresso na Academia Militar, Outubro de 1961 59 O início da Guerra Colonial em África, Março de 1961 66 A descoberta da cidade de Lisboa 68 O annus horribilis de Salazar, 1961 71 A vida cultural e política na Academia Militar. A mudança nas 74 mentalidades IV: INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO 83 No Instituto Superior Técnico a partir de Outubro de 1965 83 As cheias catastróficas de 1967 85 A Pastelaria Copacabana e os grandes debates de 1967, 68 e 69 85 A actividade política e cultural na cidade de Lisboa 87 Uma Viagem de Finalistas histórica em 1968. As manifestações 89 do Maio de 68 em Paris No regresso da Viagem de Finalistas, a saída da Academia 92 Militar O ano charneira de 1968. A interrupção do curso de Engenharia 95 no Técnico O embarque do meu irmão para a guerra em Moçambique, em 102 1969 V: A VIDA MILITAR COMO OFICIAL-MILICIANO 105 No quartel de Mafra, ano de 1969 105 A morte trágica do meu pai 105 A aversão à vida militar e a recusa da guerra colonial 107 “Abandalhar o sistema” era um caminho possível!? 108 O périplo por outros quartéis militares: RI 7 em Leiria, RI 5 nas 111 Caldas da Rainha O que fazer perante a inevitável mobilização para a guerra? 113 Um “Jornal de Parede” nas Caldas da Rainha e o respectivo 114 processo disciplinar VI: OS PREPARATIVOS PARA A DESERÇÃO 119 Os primeiros contactos para a deserção. Uma ida à Merceana 121 muito mal preparada Reuniões em casa do poeta Ary dos Santos. Um encontro quase 122 falhado em Mirandela A divisão do grupo inicial. O grupo da Suécia e o grupo da 125 Bélgica
263 Uma carta que descreve a nossa deserção com as palavras de 128 há quase 50 anos Em Évora: Companhia de Caçadores 2791/RI16/CTI Guiné 129 Como lutar contra a Guerra Colonial? VII: SERRA DO GERÊS, 23 DE AGOSTO DE 1970 132 135 A longa, difícil e perigosa travessia de Espanha. Um susto 143 enorme na fronteira de Hendaia Finalmente estávamos em França! VIII: DUAS SEMANAS DECISIVAS EM PARIS 148 151 Qual o caminho a seguir? França, Bélgica, Holanda, Suécia? 156 O encontro casual em Paris que nos leva à Suécia 159 A propaganda da nossa deserção feita através de cartas e postais 160 ilustrados Um encontro de acaso em Amesterdão 163 A Oposição Portuguesa ignorou a deserção de 10 oficiais do 164 Exército IX: EXÍLIO NA SUÉCIA 171 Uma importante conferência de imprensa em Estocolmo, 16 de 171 Setembro de 1970 O impacto na cidade de Uppsala e na Suécia 174 Honras de primeira página no jornal Dagens Nyheter de Estocolmo Declarações de apoio aos movimentos de libertação em África 177 A importância de uma entrevista à BBC. Um telegrama de Amílcar Cabral Um “reencontro” com o jornalista da BBC Luís Amorim de Sousa 179 A solidariedade e o apoio de grupos suecos anticolonialistas 180 Um Outono maravilhoso em Uppsala! Uma vida nova num país 183 estranho Uma inesperada visita de Palma Inácio a Uppsala 186 A falta de correspondência era bastante sentida por todos os 188 exilados O controlo e confisco da correspondência pela PIDE 191 Episódios que agora recordamos graças à correspondência con- 193 fiscada pela PIDE As ligações com a família e com os amigos 195 A adaptação a uma nova realidade
200
264 A interdição de saída de Portugal da Conceição no Verão de 1971 201 X: EXÍLIO NA SUÉCIA, LUND E MALMÖ 207 Dificuldades encontradas na Lunds Tekniska Högskola 210 A criação dos Comités de Desertores. A Associação de 213 Portugueses em Malmö As preciosas cartas da Conceição guardadas pela amiga Ana 216 Paula As dificuldades em obter passaporte 217 As raras visitas de amigos e familiares 220 A nossa casa como “porto de abrigo” para desertores, refractarios 225 e exilados políticos O nascimento da nossa filha 228 Um ano de 1973 com grande actividade politica 231 О assassinato de Amilcar Cabrai 233 Uma situação de impasse que о 25 de Abril veio resolver 236 As nossas reacções ao 25 de Abril 239 O regresso a Portugal no fim de Maio de 1974 EPÍLOGO - O REGRESSO A PORTUGAL 241 245 O regresso à vida militar após o 25 de Abril 246 A difícil retoma do curso de Engenharia em Portugal 248 A intensa actividade política no Verão Quente de 1975 250 A minha passagem pela RTP e o 25 de Novembro de 1975 252 Ao serviço do Conselho da Revolução 254 Dez anos mais tarde terminava o meu curso de Engenharia no 1ST! 257 Profissão inesperada: Engenheiro Nuclear! Bayerische Staatsbibliothek München 258 |
| adam_txt |
261
INDICE
AGRADECIMENTOS
9
PREFACIO
11
INTRODUCAO
15
I:
A
INFANCIA
NA
ALDEIA
DE
FANHAIS
19
SOU
DE
FANHAIS,
NASCIDO
EM
1943
19
UMA
PRIMEIRA
PASSAGEM
POR
MAFRA
23
ESCOLA
PRIMARIA
EM
FANHAIS
24
NO
TEMPO
EM
QUE
OS
PINHAIS
NAO
ARDIAM
27
A
VIDA
NUMA
ALDEIA
ISOLADA
DO
CONCELHO
DA
NAZARE
31
A
LIGA
DOS
AMIGOS
DE
FANHAIS
33
A
CATEQUESE
CATOLICA
35
OS
CANDEEIROS
A
PETROLEO
DA
ILUMINACAO
PUBLICA
DA
ALDEIA
36
A
DESPEDIDA
DOS
MORTOS
EM
FANHAIS
37
O
CASAL
DA
BOUBA
DE
BAIXO,
TERRA
DOS
MEUS
AVOS
PATERNOS
39
II:
OS
ANOS
DO
LICEU
43
NO
LICEU
MUNICIPAL
DA
FIGUEIRA
DA
FOZ,
1954-59
43
A
MUDANCA
DA
FIGUEIRA
DA
FOZ
PARA
LEIRIA
49
NO
LICEU
NACIONAL
DE
LEIRIA,
1959-61
51
O
CHOQUE
IDEOLOGICO
E
POLITICO
COM
O
MEU
TIO
MILITAR
53
OS
PRIMEIROS
CONTACTOS
COM
A
LITERATURA
E
O
TEATRO
54
O
FIM
DO
CURSO
LICEAL.
QUE
FUTURO?
56
262
III:
A
ACADEMIA
MILITAR
59
O
INGRESSO
NA
ACADEMIA
MILITAR,
OUTUBRO
DE
1961
59
O
INICIO
DA GUERRA
COLONIAL
EM
AFRICA,
MARCO
DE
1961
66
A
DESCOBERTA
DA
CIDADE
DE
LISBOA
68
O
ANNUS
HORRIBILIS
DE
SALAZAR,
1961
71
A
VIDA
CULTURAL
E
POLITICA
NA
ACADEMIA
MILITAR.
A
MUDANCA
NAS
74
MENTALIDADES
IV:
INSTITUTO
SUPERIOR
TECNICO
83
NO
INSTITUTO
SUPERIOR
TECNICO
A
PARTIR
DE
OUTUBRO
DE
1965
83
AS
CHEIAS
CATASTROFICAS
DE
1967
85
A
PASTELARIA
COPACABANA
E
OS
GRANDES
DEBATES
DE
1967,
68
E
69
85
A
ACTIVIDADE
POLITICA
E
CULTURAL
NA
CIDADE
DE
LISBOA
87
UMA
VIAGEM
DE
FINALISTAS
HISTORICA
EM
1968.
AS
MANIFESTACOES
89
DO
MAIO
DE
68
EM
PARIS
NO
REGRESSO
DA
VIAGEM
DE
FINALISTAS,
A
SAIDA
DA
ACADEMIA
92
MILITAR
O
ANO
CHARNEIRA
DE
1968.
A
INTERRUPCAO
DO
CURSO
DE
ENGENHARIA
95
NO
TECNICO
O
EMBARQUE
DO
MEU
IRMAO
PARA
A
GUERRA EM
MOCAMBIQUE,
EM
102
1969
V:
A
VIDA
MILITAR
COMO
OFICIAL-MILICIANO
105
NO
QUARTEL
DE
MAFRA,
ANO
DE
1969
105
A
MORTE
TRAGICA
DO
MEU
PAI
105
A
AVERSAO
A
VIDA
MILITAR
E
A
RECUSA
DA
GUERRA
COLONIAL
107
*
ABANDALHAR
O
SISTEMA
*
ERA
UM
CAMINHO
POSSIVEL!?
108
O
PERIPLO
POR
OUTROS
QUARTEIS
MILITARES:
RI
7
EM
LEIRIA,
RI
5
NAS
111
CAIDAS
DA
RAINHA
O
QUE
FAZER
PERANTE
A
INEVITAVEL
MOBILIZACAO
PARA
A
GUERRA?
113
UM
*
JORNAL
DE
PAREDE
*
NAS
CAIDAS
DA
RAINHA
E
O
RESPECTIVO
114
PROCESSO
DISCIPLINAR
VI:
OS
PREPARATIVOS
PARA
A
DESERCAO
119
OS
PRIMEIROS
CONTACTOS
PARA
A
DESERCAO.
UMA
IDA
A
MERCEANA
121
MUITO
MAL
PREPARADA
REUNIOES
EM
CASA
DO
POETA
ARY
DOS
SANTOS.
UM
ENCONTRO
QUASE
122
FALHADO
EM
MIRANDELA
A
DIVISAO
DO
GRUPO
INICIAL.
O
GRUPO
DA
SUECIA
E
O
GRUPO
DA
125
BELGICA
263
UMA
CARTA
QUE
DESCREVE
A
NOSSA
DESERCAO
COM
AS
PALAVRAS
DE
128
HA
QUASE
50
ANOS
EM
EVORA:
COMPANHIA
DE
CACADORES
2791/RI16/CTI
GUINE
129
COMO
LUTAR
CONTRA
A
GUERRA
COLONIAL?
132
VII:
SERRA
DO
GERES,
23
DE
AGOSTO
DE
1970
135
A
LONGA,
DIFICIL
E
PERIGOSA
TRAVESSIA
DE
ESPANHA.
UM
SUSTO
143
ENORME
NA
FRONTEIRA
DE
HENDAIA
FINALMENTE
ESTAVAMOS
EM
FRANCA!
148
VIII:
DUAS
SEMANAS
DECISIVAS
EM
PARIS
151
QUAL
O
CAMINHO
A
SEGUIR?
FRANCA,
BELGICA,
HOLANDA,
SUECIA?
156
O
ENCONTRO
CASUAL
EM
PARIS
QUE
NOS
LEVA
A
SUECIA
159
A
PROPAGANDA
DA
NOSSA
DESERCAO
FEITA
ATRAVES
DE
CARTAS
E
POSTAIS
160
ILUSTRADOS
UM
ENCONTRO
DE
ACASO
EM
AMESTERDAO
163
A
OPOSICAO
PORTUGUESA
IGNOROU
A
DESERCAO
DE
10
OFICIAIS
DO
164
EXERCITO
IX:
EXILIO
NA
SUECIA
171
UMA
IMPORTANTE
CONFERENCIA
DE
IMPRENSA
EM
ESTOCOLMO,
16
DE
171
SETEMBRO
DE
1970
O
IMPACTO
NA
CIDADE
DE
UPPSALA
E
NA
SUECIA
174
HONRAS
DE
PRIMEIRA
PAGINA
NO
JORNAL
DAGENS
NYHETER
DE
ESTOCOLMO
DECLARACOES
DE
APOIO
AOS
MOVIMENTOS
DE
LIBERTACAO
EM
AFRICA
177
A
IMPORTANCIA
DE
UMA
ENTREVISTA
A
BBC.
UM
TELEGRAMA
DE
AMILCAR
CABRAL
UM
*
REENCONTRO
*
COM
O
JORNALISTA
DA
BBC
LUIS
AMORIM
DE
SOUSA
179
A
SOLIDARIEDADE
E
O
APOIO
DE
GRUPOS
SUECOS
ANTICOLONIALISTAS
180
UM
OUTONO
MARAVILHOSO
EM
UPPSALA!
UMA
VIDA
NOVA
NUM
PAIS
183
ESTRANHO
UMA
INESPERADA VISITA
DE
PALMA
INACIO
A
UPPSALA
186
A
FALTA
DE
CORRESPONDENCIA
ERA
BASTANTE
SENTIDA
POR
TODOS
OS
188
EXILADOS
O
CONTROLO
E
CONFISCO
DA
CORRESPONDENCIA
PELA
PIDE
191
EPISODIOS
QUE
AGORA
RECORDAMOS
GRACAS
A
CORRESPONDENCIA
CON-
193
FISCADA
PELA
PIDE
AS
LIGACOES
COM
A
FAMILIA
E
COM
OS
AMIGOS
195
A
ADAPTACAO
A
UMA
NOVA
REALIDADE
200
264
A
INTERDICAO
DE
SAIDA
DE
PORTUGAL
DA
CONCEICAO
NO
VERAO
DE
1971
201
X:
EXILIO
NA
SUECIA,
LUND
E
MALMO
207
DIFICULDADES
ENCONTRADAS
NA
LUNDS
TEKNISKA
HOGSKOLA
210
A
CRIACAO
DOS
COMITES
DE
DESERTORES.
A
ASSOCIACAO
DE
213
PORTUGUESES
EM
MALMO
AS
PRECIOSAS
CARTAS
DA
CONCEICAO
GUARDADAS
PELA
AMIGA
ANA
216
PAULA
AS
DIFICULDADES
EM
OBTER
PASSAPORTE
217
AS
RARAS
VISITAS
DE
AMIGOS
E
FAMILIARES
220
A
NOSSA
CASA
COMO
*
PORTO
DE
ABRIGO
*
PARA
DESERTORES,
REFRACTARIOS
225
E
EXILADOS
POLITICOS
O
NASCIMENTO
DA
NOSSA
FILHA
228
UM
ANO
DE
1973
COM
GRANDE
ACTIVIDADE
POLITICA
231
O
ASSASSINATO
DE
AMILCAR
CABRAL
233
UMA
SITUACAO
DE
IMPASSE
QUE
O
25
DE ABRIL
VEIO
RESOLVER
236
AS
NOSSAS
REACCOES
AO
25
DE
ABRIL
239
O
REGRESSO
A
PORTUGAL
NO
FIM
DE
MAIO
DE
1974
241
EPILOGO
-
O
REGRESSO
A
PORTUGAL
245
O
REGRESSO
A
VIDA
MILITAR
APOS
O
25
DE
ABRIL
246
A
DIFICIL
RETOMA
DO
CURSO
DE
ENGENHARIA
EM
PORTUGAL
248
A
INTENSA
ACTIVIDADE
POLITICA
NO
VERAO
QUENTE
DE
1975
250
A
MINHA
PASSAGEM
PELA
RTP
E
O
25
DE
NOVEMBRO
DE
1975
252
AO
SERVICO
DO
CONSELHO
DA
REVOLUCAO
254
DEZ
ANOS
MAIS
TARDE
TERMINAVA
O
MEU
CURSO
DE
ENGENHARIA
NO
IST!
257
PROFISSAO
INESPERADA:
ENGENHEIRO
NUCLEAR!
258
261 ÍNDICE AGRADECIMENTOS PREFÁCIO 9 11 INTRODUÇÃO I: A INFÂNCIA NA ALDEIA DE FANHAIS 15 19 Sou de Fanhais, nascido em 1943 19 Uma primeira passagem por Mafra 23 Escola primária em Fanhais 24 No tempo em que os pinhais não ardiam 27 A vida numa aldeia isolada do concelho da Nazaré A Liga dos Amigos de Fanhais 31 33 A catequese católica 35 Os candeeiros a petróleo da iluminação pública da aldeia 36 A despedida dos mortos em Fanhais 37 O casal da Boubã de Baixo, terra dos meus avós paternos 39 II: OS ANOS DO LICEU No Liceu Municipal da Figueira da Foz, 1954-59 A mudança da Figueira da Foz para Leiria No Liceu Nacional de Leiria, 1959-61 43 43 49 " 51 O choque ideológico e político com o meu tio militar 53 Os primeiros contactos com a literatura e o teatro 54 O fim do curso liceal. Que futuro? 56
262 III: A ACADEMIA MILITAR 59 O ingresso na Academia Militar, Outubro de 1961 59 O início da Guerra Colonial em África, Março de 1961 66 A descoberta da cidade de Lisboa 68 O annus horribilis de Salazar, 1961 71 A vida cultural e política na Academia Militar. A mudança nas 74 mentalidades IV: INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO 83 No Instituto Superior Técnico a partir de Outubro de 1965 83 As cheias catastróficas de 1967 85 A Pastelaria Copacabana e os grandes debates de 1967, 68 e 69 85 A actividade política e cultural na cidade de Lisboa 87 Uma Viagem de Finalistas histórica em 1968. As manifestações 89 do Maio de 68 em Paris No regresso da Viagem de Finalistas, a saída da Academia 92 Militar O ano charneira de 1968. A interrupção do curso de Engenharia 95 no Técnico O embarque do meu irmão para a guerra em Moçambique, em 102 1969 V: A VIDA MILITAR COMO OFICIAL-MILICIANO 105 No quartel de Mafra, ano de 1969 105 A morte trágica do meu pai 105 A aversão à vida militar e a recusa da guerra colonial 107 “Abandalhar o sistema” era um caminho possível!? 108 O périplo por outros quartéis militares: RI 7 em Leiria, RI 5 nas 111 Caldas da Rainha O que fazer perante a inevitável mobilização para a guerra? 113 Um “Jornal de Parede” nas Caldas da Rainha e o respectivo 114 processo disciplinar VI: OS PREPARATIVOS PARA A DESERÇÃO 119 Os primeiros contactos para a deserção. Uma ida à Merceana 121 muito mal preparada Reuniões em casa do poeta Ary dos Santos. Um encontro quase 122 falhado em Mirandela A divisão do grupo inicial. O grupo da Suécia e o grupo da 125 Bélgica
263 Uma carta que descreve a nossa deserção com as palavras de 128 há quase 50 anos Em Évora: Companhia de Caçadores 2791/RI16/CTI Guiné 129 Como lutar contra a Guerra Colonial? VII: SERRA DO GERÊS, 23 DE AGOSTO DE 1970 132 135 A longa, difícil e perigosa travessia de Espanha. Um susto 143 enorme na fronteira de Hendaia Finalmente estávamos em França! VIII: DUAS SEMANAS DECISIVAS EM PARIS 148 151 Qual o caminho a seguir? França, Bélgica, Holanda, Suécia? 156 O encontro casual em Paris que nos leva à Suécia 159 A propaganda da nossa deserção feita através de cartas e postais 160 ilustrados Um encontro de acaso em Amesterdão 163 A Oposição Portuguesa ignorou a deserção de 10 oficiais do 164 Exército IX: EXÍLIO NA SUÉCIA 171 Uma importante conferência de imprensa em Estocolmo, 16 de 171 Setembro de 1970 O impacto na cidade de Uppsala e na Suécia 174 Honras de primeira página no jornal Dagens Nyheter de Estocolmo Declarações de apoio aos movimentos de libertação em África 177 A importância de uma entrevista à BBC. Um telegrama de Amílcar Cabral Um “reencontro” com o jornalista da BBC Luís Amorim de Sousa 179 A solidariedade e o apoio de grupos suecos anticolonialistas 180 Um Outono maravilhoso em Uppsala! Uma vida nova num país 183 estranho Uma inesperada visita de Palma Inácio a Uppsala 186 A falta de correspondência era bastante sentida por todos os 188 exilados O controlo e confisco da correspondência pela PIDE 191 Episódios que agora recordamos graças à correspondência con- 193 fiscada pela PIDE As ligações com a família e com os amigos 195 A adaptação a uma nova realidade
200
264 A interdição de saída de Portugal da Conceição no Verão de 1971 201 X: EXÍLIO NA SUÉCIA, LUND E MALMÖ 207 Dificuldades encontradas na Lunds Tekniska Högskola 210 A criação dos Comités de Desertores. A Associação de 213 Portugueses em Malmö As preciosas cartas da Conceição guardadas pela amiga Ana 216 Paula As dificuldades em obter passaporte 217 As raras visitas de amigos e familiares 220 A nossa casa como “porto de abrigo” para desertores, refractarios 225 e exilados políticos O nascimento da nossa filha 228 Um ano de 1973 com grande actividade politica 231 О assassinato de Amilcar Cabrai 233 Uma situação de impasse que о 25 de Abril veio resolver 236 As nossas reacções ao 25 de Abril 239 O regresso a Portugal no fim de Maio de 1974 EPÍLOGO - O REGRESSO A PORTUGAL 241 245 O regresso à vida militar após o 25 de Abril 246 A difícil retoma do curso de Engenharia em Portugal 248 A intensa actividade política no Verão Quente de 1975 250 A minha passagem pela RTP e o 25 de Novembro de 1975 252 Ao serviço do Conselho da Revolução 254 Dez anos mais tarde terminava o meu curso de Engenharia no 1ST! 257 Profissão inesperada: Engenheiro Nuclear! Bayerische Staatsbibliothek München 258 |
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| spelling | Cardeira, Fernando Mariano 1943- Verfasser (DE-588)1234192659 aut Crónica de uma deserção retrato de um país Fernando Mariano Cardeira 1.a edição Lisboa Âncora Editora março de 2021 264 Seiten Illustrationen txt rdacontent n rdamedia nc rdacarrier Memoirs Geschichte 1943-1975 gnd rswk-swf Soldat (DE-588)4055409-0 gnd rswk-swf Fahnenflucht (DE-588)4153535-2 gnd rswk-swf Widerstand (DE-588)4079262-6 gnd rswk-swf Salazarismus (DE-588)4178941-6 gnd rswk-swf Exil (DE-588)4015959-0 gnd rswk-swf Portugal (DE-588)4046843-4 gnd rswk-swf (DE-588)4003939-0 Autobiografie gnd-content Portugal (DE-588)4046843-4 g Salazarismus (DE-588)4178941-6 s Soldat (DE-588)4055409-0 s Widerstand (DE-588)4079262-6 s Fahnenflucht (DE-588)4153535-2 s Exil (DE-588)4015959-0 s Geschichte 1943-1975 z DE-604 Digitalisierung BSB München - ADAM Catalogue Enrichment application/pdf http://bvbr.bib-bvb.de:8991/F?func=service&doc_library=BVB01&local_base=BVB01&doc_number=032703649&sequence=000003&line_number=0002&func_code=DB_RECORDS&service_type=MEDIA Inhaltsverzeichnis |
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